Solidão
O superego entra na sala e escandalosamente faz essa cara de “...tadinha, como é só!!...”
Pelo amor de Deus, fala sério, quem pensa que solidão é razão de piedade. Gente, todo mundo é em essência, sozinho.
Economizem os muitos anos que levei pra saber que solidão é como Pepsi, só tem ela, pode ser? Pode ser... até pode ser bom.
Especialmente se for falar de artista. E me dou o trabalho de enumerar, economizando teu tempo:
Primeiro: Não é qualquer pessoa que tenha saco, talento, inspiração para aguentar alma de artista. Em uma continha básica, retira aí, o modesto número de 5.436.635.425 pessoas do planeta, que absolutamente não tem qualquer competência para a função para ser companhia para artista.
Segundo: Dos que teriam alguma chance, 495.324.433 têm seu próprio talento, que, portanto tem mais o que fazer a dar importância para o tal neurótico.
Terceiro, pra abreviar o assunto, alguém que tenha seu próprio Universo de realidades paralelas, uma casa branca só sua( milimetricamente pensada)....
Personagens que só o artista tem ao alcance da sua mão...
... e mais uma infinidade de seres que só povoam a sua mente inquieta...esse ser, definitivamente não é digno de pena. Quando um tanto, de respeito.
Certamente não é fácil o convívio de uma mente inquieta consigo mesma, excessivamente criativa, em contraponto constante com realidades tão cruas. Mas posso assegurar que é pelo menos mais divertido que a mente só de um teórico sem grandes pretensões criativas. E mesmo esse deve divertir-se um tanto.
Pareço justificar o desnecessário, na intenção de tranquilizar bons samaritanos de plantão.
Solidão é o olhar do farol. A conotação de tristeza quem agrega somos nós. Atrevo-me a dizer que é a opção de ter um ângulo de visão só seu, desde que nunca cegue.
É a opção. O bônus é a vista do mar entre o azul profundo e o prata da lua cheia.
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